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Resistência de mosquito a repelente prolifera rápido

Os repelentes contra mosquitos, hoje indispensáveis para vida com conforto e saúde em zonas tropicais, estão sob risco de perder a eficácia. Em um experimento realizado no Reino Unido, cientistas mostraram que alguns insetos naturalmente resistentes ao DEET -principal substância ativa usada hoje em repelentes- podem passar essa característica à sua prole.

Segundo o trabalho, publicado hoje na revista científica "PNAS", isso vale para mosquitos vetores de doenças, como o Aedes aegypti, transmissor da dengue. Os autores da pesquisa, liderada por Linda Field, do instituto de pesquisa agrícola Rothamsted, de Harpenden, afirmam que a característica genérica de resistência é "dominante", transmitida mais facilmente à prole.

Essa herança genética da insensibilidade ao repelente estudado já havia sido mostrada em moscas-das-frutas (Drosophila melanogaster), mas agora se torna mais preocupante.

O DEET cujo nome é abreviatura da substância química N,N-dietil-meta-toluamida é hoje o produto mais usado no mundo para esse fim, estando presente em preparados de marcas conhecidas, como Autan, Off e Repelex, além de líquidos usados para borrifar paredes e telhados.

No estudo, os cientistas também demonstraram que o cruzamento de fêmeas insensíveis ao DEET com machos de sensibilidade desconhecida elevou o índice de insensibilidade ao repelente nas moscas-filhotes de 13% para 50% em apenas uma geração. É uma má notícia, sugerindo que o uso mais disseminado desse produto pode vir a induzir um rápido surgimento da resistência nos animais.

A pesquisa liderada por Field também elucidou parte do mecanismo pelo qual os pernilongos reagem ao repelente, mostrando quais são os tipos de neurônios sensíveis à substância.

Estudos sobre o mecanismo ativo do produto já vêm tentando encontrar alternativas que possam ajudar a contornar alguns problemas, que nem sempre têm a ver com a resistência dos mosquitos.

Uma limitação do uso do DEET hoje é que os produtos mais eficientes, com grandes concentrações entre 30% e 50% de repelente, não são recomendados para uso em crianças menores de 12 anos.

Um grupo promissor de repelentes que usa um tipo diferente de molécula vem sendo desenvolvido pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA, na sigla em inglês), mas ainda é preciso fazer testes clínicos para que possam chegar ao mercado.

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