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EUA decretam desastre pesqueiro em 3 estados vítimas de óleo vazado

O secretário de Comércio dos EUA, Gary Locke, declarou nesta segunda-feira (24) "desastre pesqueiro" nos estados de Alabama, Louisiana e Mississippi por conta do vazamento de petróleo do Golfo do México.

Com isso, estes estados poder receber fundos federais para ajudar a lidar com a crise.

"A determinação do desastre vai ajudar a assegurar que o governo federal pode mobilizar todo tipo de assistência que os pescadores e as comunidades de pesca possam precisar", disse em comunicado.

Mais cedo, a British Petroleum (BP), empresa responsável pelo vazamento de petróleo, afirmou que se compromete em iniciar um programa de estudos sobre o acidente, com recursos no total de US$ 500 milhões.

Segundo nota da companhia, o estudo pesquisará os impactos do acidente na vida marinha e no meio ambiente em geral. "A BP se compromete em fazer tudo o que pode para reduzir o impacto desse incidente trágico nas pessoas e no ambiente da Costa do Golfo", afirmou o executivo-chefe da companhia Tony.

Mancha de óleo alcança ilha no estado norte-americano da LouisianaMancha de óleo alcança ilha no estado norte-americano da Louisiana (Foto: AP)

"Temos que empreender todos os esforços para entender esse impacto. Isso será importante no processo de restauração, e na melhora da capacidade de resposta da indústria para o futuro", acrescentou Hayward.

Cerca de 5.000 barris de petróleo estão vazando diariamente no mar desde 20 de abril, quando aconteceu a explosão e posterior afundamento de uma plataforma da BP a cerca de 80 km do litoral sul do estado de Louisiana. Especialistas, no entanto, acreditam que o tamanho real do vazamento seja de dez vezes maior.

O gigante petroleiro afirmou, em sua última estimativa divulgada nesta segunda, que na semana passada recuperou entre 1.360 e 3.000 barris diários, e reiterou que está estudando diferentes opções para selar o poço danificado.

Os esforços para tentar frear o vazamento tiveram até o momento um custo de 760 milhões de dólares para a BP.

arte flórida óleoarte flórida óleo (Foto: Arte G1)

Programa
O programa de estudo deve durar dez anos e vai analisar, entre outras coisas, como o petróleo e os produtos químicos usados para dispersá-lo foram afetados pelas correntes oceânicas, e como eles se espalharam pelo oceano e pela costa. A BP informou ainda que vai elaborar um painel independente de consultoria para construir o programa de pesquisas de longo prazo.

"A primeira parte do programa consiste em obter e analisar amostras e avaliar impactos imediatos", declarou Christopher d'Elia, decano da Faculdade de Costas e Meio Ambiente, precisando que dessas primeiras conclusões sairão outras linhas de investigação.

"Há uma necessidade urgente de assegurar que a comunidade científica tenha acesso a amostras e material bruto necessários para iniciar seu trabalho", disse Hayward.

A decisão da BP veio depois da pressão que a empresa sofreu do governo americano e da comunidade internacional para estancar o vazamento ocorrido há cerca de um mês, devido ao afundamento de uma plataforma de petróleo operada pela empresa em alto-mar.

Segundo a imprensa internacional, neste fim de semana, a BP teria aceitado pagar uma indenização de US$ 75 milhões pelo acidente, proposta pelo governo americano. Até agora, a empresa ainda não teve sucesso na limitação do vazamento.

Campanha
A companhia também lançou uma intensa campanha publicitária para tentar recuperar a credibilidade perdida. Uma página inteira intitulada "Resposta ao vazamento de petróleo no Golfo do México. O que estamos fazendo. Como conseguir mais informação" foi paga para aparecer na edição de domingo do New York Times e do Wall Street Journal.

Dessa maneira, a British Petroleum tenta convencer os americanos que está fazendo de tudo para evitar que a maré negra alcance o litoral da Louisiana.

"A BP assumiu a inteira responsabilidade da gestão do vazamento. Estamos determinados a fazer tudo que podemos para minimizar o impacto. Trataremos de todas as demandas legítimas", afirma a companhia em suas publicidades.

Com informações do Valor Online e da France Presse

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