Bangladesh, Indonésia e Irã são os países mais vulneráveis a desastres naturais, de acordo com um estudo divulgado nesta quinta-feira.
Os gigantes asiáticos, China e Índia, estão entre os 15 países que, em uma lista de 229, são considerados de risco "extremo".
O Índice de Risco a Desastres Naturais (NDRI, da sigla em inglês) é feito por uma consultoria de risco britânica, a Maplecroft, com base nos desastres que ocorreram de 1980 a 2010.
O NDRI tem como referência uma cesta de indicadores, que inclui o número e a frequência desses eventos, o total de mortes que causaram e a proporcionalidade dessas mortes em relação à população do país.
Os desastres incluem terremotos, erupções vulcânicas, tsunamis, tempestades, inundações, secas, deslizamentos de terra, ondas de calor e epidemias.
"A pobreza é um fator importante em países onde tanto a frequência como o impacto dos desastres naturais são severos", afirma a analista ambiental da Maplecroft, Anna Moss.
"Infraestrutura deficiente, alta densidade populacional em áreas de risco como planícies passíveis de inundação, margens de rios e declives, comumente resultam em situações de morte."
De acordo com o índice, Bangladesh registrou mais de 191 mil mortes como resultado de desastres naturais nos últimos 30 anos, e a Indonésia aproxima-se desse número, sendo que a maioria foi causada pelo tsunami de dezembro de 2004.
No Irã, a maior vulnerabilidade são os terremotos, que já mataram 74 mil pessoas nesse período.
A Índia, em 11º lugar no ranking, perdeu 141 mil vidas - incluindo 50 mil em terremotos, 40 mil em inundações, 15 mil em epidemias e 23 mil em tempestades - enquanto a China, em 12º lugar, perdeu 148 mil vidas, sendo 87 mil no terremoto de 2008 em Sichuan.
Três países do G-8 são considerados de "alto risco", a categoria seguinte ao risco "extremo".
Eles são França (17º lugar no ranking geral) e Itália (18º), que foram atingidos por ondas de calor em 2003 e 2006, e os Estados Unidos (37º), afetado pelo furacão Katrina em 2005.
Os países em menor risco são Andorra, Bahrein, Gibraltar, Liechtenstein, Malta, Mônaco, Qatar, San Marino e Emirados Árabes Unidos.
Moss aponta os impactos das mudanças climáticas nas chuvas. Alterações nos padrões do clima devem causar episódios mais frequentes e mais graves de secas e inundações.
"Nossa pesquisa enfatiza a necessidade de mesmo os países menos arriscados focarem na redução do risco de desastre natural", afirma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário