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Espécimes importantes escapam de incêndio no Instituto Butantan

Pesquisadores e voluntários do Instituto Butantan, na Zona Oeste de São Paulo, continuavam na tarde desta quarta-feira (19) o resgate de animais conservados e objetos do prédio atingido por um incêndio no sábado (15). Segundo a assessoria de imprensaPesquisadores e voluntários do  Butantan, no dia 19, resgatando parte da coleção (Foto: Paulo Liebert/AE)

Uma semana após o incêndio que destruiu o Prédio das Coleções do Instituto Butantan, na capital paulista, aumenta a esperança de que muitos exemplares importantes de cobras tenham escapado das chamas. Professores e alunos passaram os últimos dias resgatando o que puderam dos escombros. Milhares de espécimes foram recuperados do chão e de armários que não queimaram completamente no incêndio do dia 15. Alguns intactos, outros bastante danificados.

Isso, talvez, represente 5% da coleção original, que tinha próximo de 85 mil exemplares. O tamanho exato da perda só poderá ser calculado ao fim de uma triagem minuciosa, que levará meses para ser concluída. Mas sabe-se que algumas pérolas da coleção, ao menos, sobreviveram. Como um dos únicos espécimes de Corallus cropanii, uma serpente raríssima da Mata Atlântica, parente da jiboia, da qual há apenas quatro exemplares conhecidos no mundo: três na coleção do Butantan e uma que foi doada para o Museu Americano de História Natural, em Nova York.

Outro bicho importante que escapou intacto do fogo foi o primeiro exemplar descrito (holótipo) de Bothrops alcatraz, ou jararaca-de-alcatrazes, que só existe numa ilha homônima do litoral norte paulista. Ele estava dentro de um armário fechado, do tipo compactador. A tampa do pote onde ele ficava guardado com álcool derreteu, mas o vidro não chegou a estourar.

Centenas de outros espécimes "tipo" (os mais importantes da coleção) que estavam no mesmo armário foram recuperados e agora estão armazenados em baldes e sacos, aguardando identificação. Entre eles está o espécime número 1.922, de Bothrops insularis, uma outra espécie rara de jararaca que só existe na Ilha de Queimada Grande, também no litoral norte paulista.

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