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Mãe chimpanzé pode cuidar de filhote morto por meses, diz pesquisa

Enquanto pesquisadores do Reino Unido mostraram que, em cativeiro, chimpanzés são capazes de comportamentos muito parecidos com o luto humano diante da morte de um companheiro (confira reportagem aqui), outro estudo, também na revista científica "Current Biology", revelou mais um detalhe pungente da relação dos primos mais próximos do homem com a morte. Num grupo da Guiné, as mães são capazes de carregar seus bebês mortos por meses, de maneira que o cadáver fica até naturalmente mumificado. Confira vídeo sobre o comportamento abaixo.

Veja vídeo

Dora Biro e seus colegas da Universidade de Oxford constataram o fato ao acompanhar a morte de dois filhotes, com idade entre um e dois anos, durante uma epidemia de doenças respiratórias na floresta onde o grupo vivia. As mães chegaram a carregar os filhotes durante 68 e 19 dias, respectivamente.

Segundo Patrícia Izar, especialista em comportamento de primatas do Instituto de Psicologia da USP, as mães de outras espécies de macacos são capazes de perceber quando seus bebês morrem. "Eles testam sinais de vida, dão pequenas pancadas na cabecinha, encostam-se no peito do bebê", explica ela.

No caso da Guiné, as mães se puseram diligentemente a espantar as moscas que cercavam os corpos em decomposição de seus filhos (primeira parte do vídeo). Seria possível cogitar, diante disso, que a mãe não tinha consciência da morte do bebê, mas aparentemente a coisa não é bem assim. Primeiro, eles carregavam os corpos de um jeito que jamais empregariam para levar filhotes vivos de um lugar para outro. Além disso, permitiam que membros jovens da comunidade manipulassem os corpos mumificados e até brincassem com eles (segunda parte do vídeo).

Para os cientistas, a explicação mais provável é que as mães passem por um processo gradual de se "desapegar" dos filhotes mortos. Com o fim da amamentação e a volta dos ciclos menstruais normais, terminaria o apego pelo cadáver, já que as fêmeas poderiam engravidar novamente.

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