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Restauração de águia-careca pode trazer problemas

Restauração de águia-careca pode trazer problemas

As aves podem ser tornar predadores de leões marinhos e pássaros menores

The New York Times | 24/05/2010 18:46

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Foto: The New York Times Ampliar

A dieta destes pássaros imponentes mudou com a colonização americana

Durante três décadas, cientistas tentaram – com sucesso limitado – restabelecer populações procriadoras de águias-carecas (ou águias-de-cabeça-branca, o animal símbolo dos Estados Unidos) nas Ilhas do Canal, na costa sul da Califórnia. As águias desapareceram das ilhas na década de 1960, vítimas, como muitos outros pássaros, do pesticida DDT, que afeta sua habilidade de reprodução.

Entretanto, um novo estudo sugere que esses conservacionistas devem caminhar com cuidado. Populações restauradas de águias podem surtir um impacto considerável em outros animais das ilhas.

Ao escavar um antigo ninho da ilha em busca de resquícios de presas, e através de análises isotópicas de penas e ossos de espécimes de museus, Seth D. Newsome, hoje na Universidade do Wyoming, e colegas reconstruíram a dieta das águias-carecas das Ilhas do Canal ao longo do tempo. Suas descobertas estão relatadas na revista científica “The Proceedings of the National Academy of Sciences”.

O trabalho mostrou que, por milhares de anos antes de 1800 (quando os europeus chegaram pela primeira vez às ilhas), a dieta da águia consistia basicamente de aves marinhas. Porém, quando os ranchos de carneiros foram estabelecidos, na metade do século 19, a dieta mudou, principalmente para carcaças de carneiros. “Os carneiros eram a fonte de presas mais comum e abundante”, afirmou Newsome.

Hoje, não existem mais carneiros nas ilhas. Por isso, se as populações de águias-carecas se restabelecessem, elas teriam de buscar novas presas. Newsome disse que as fontes de presas poderiam incluir carcaças de leões marinhos – as ilhas são o lar de dezenas de milhares desses mamíferos marinhos – e ou aves marinhas. Ambos são potencialmente problemáticos; os pássaros porque suas populações também diminuíram e hoje estão se recuperando, e os leões marinhos porque eles transmitiriam contaminantes e poluentes acumulados (incluindo, mesmo hoje, o DDT) em seu tecido.

O estudo, segundo Newsome, “levanta uma bandeira de alerta aos esforços em andamento para restaurar uma população estável e procriadora de águias-carecas por ali”.

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