BP chama vazamento no Golfo de catástrofe
Em entrevista à CNN, diretor da companhia diz que a empresa quer primeiro parar o vazamento e depois fazer a limpeza do mar
O diretor de gestão da British Petroleum (BP), Robert Dudley, reconheceu hoje que o vazamento de petróleo causado pelo afundamento de uma plataforma petrolífera operada pela companhia no Golfo do México é uma grande tragédia.
"É uma catástrofe ambiental para BP e para as pessoas que estão trabalhando para tentar conter o derramamento", disse Dudley em entrevista ao programa dominical State of the Union da rede CNN.
Dudley afirmou que a BP está fazendo todo o possível para conter a fuga pela qual, segundo a companhia, jorram 5 mil barris de petróleo ao dia.
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Outros cálculos apontam que o vazamento possa atingir entre 25 mil e 95 mil barris diários.
Conforme ressaltou, "estamos mobilizando equipes, máquinas e profissionais de todo o mundo "para interromper o vazamento e depois fazer a limpeza".
"Não há dúvida que levará tempo até a limpeza total do oceano", admitiu, mas assegurou que existem técnicas para reduzir o impacto no longo prazo.
Dudley lamentou as críticas que a companhia vem recebendo de distintas comissões e painéis de analistas que ocorreram durante a semana no Congresso dos EUA, porque após um mês do acidente a BP ainda não conseguiu acabar com o vazamento.
A pressão e as críticas do Governo e da sociedade civil obrigaram nesta semana à empresa a transmitir ao vivo, em seu site, por meio de uma câmera submarina, o petróleo saindo do poço.
"Não há ninguém mais desolado com isso do que a BP, ninguém quer mais que a BP que tudo isto acabe", acrescentou Dudley.
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